Assim como navegar, inovar também é preciso! E é preciso manter o olhar atento para criar mesmo em processos que já são inovadores.
Desde setembro, as baterias dos drones utilizados nas pesquisas de campo realizadas pelo HUBITTAT são recarregadas com energia solar. A medida, além de ser ambientalmente mais sustentável, gerou ganhos de produtividade e permitiu reduzir custos com mão de obra e combustível.
O trabalho com drones executado pelo HUBITTAT demanda que quilômetros de rodovias sejam percorridos, para a captação de informações atualizadas, detalhadas e com alta precisão. Cada bateria utilizada tem aproximadamente 20 minutos de autonomia; tempo curto para o levantamento de longas distâncias. Observando os custos com o deslocamento até cada ponto de estudo e uma produtividade baixa ao dia (entre cinco e oito quilômetros), o consultor técnico da startup parceira Dragonfly Drones, Rodrigo Wiebbelling, chegou à conclusão que seria menos oneroso investir em uma bateria de veículo com inversor para recarregar as baterias do drone do que adquirir novas para o equipamento. Em pouco tempo, foi possível constatar que, mesmo esta alternativa não era satisfatória, uma vez que a carga da bateria de veículo se extinguia antes da conclusão do serviço.
Considerando que somente é possível realizar o trabalho em dias de sol, Wiebbelling pensou que esta
fonte de energia não poderia ser desperdiçada e acoplou um painel solar de 150 watts ao veículo utilizado no transporte da equipe. A ideia deu tão certo que logo se concluiu que a incidência de radiação solar era suficiente para manter as baterias permanentemente carregadas e a produtividade mais que havia dobrado, chegando a 21 quilômetros/dia. “Estamos utilizando uma fonte limpa e renovável de energia e não há mais a dependência de tomadas elétricas; terminamos nosso trabalho com as baterias já prontas para o dia seguinte, comenta Wiebbelling sobre as vantagens e acrescenta que “em torno de três meses, o novo sistema estará pago”.
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